4 de novembro de 2008

Duas dúzias de anos, por favor.

24 anos.


É engraçado, devo confessar, como me sinto crescer no meu aniversário. É como se a data em que eu nasci, e que comemoro reiteradamente a cada período de doze meses, fosse o divisor de águas de alguma espécie de antes e depois. Antes, um anos mais ingênuo. Hoje, um ano mais experiente, e por que não dizer, também, malicioso.

É claro, sei, que a experiência não pode ser fracionada. Ao longo do ano inteiro somos colocados frente a novas possibilidades, diante de oportunidades para aprendermos coisas novas, amadurecermos algumas preferências, descobrirmos novas tendências e desenvolvermos novos desejos. Só que para mim, o aniversário é a data de conclusão de um período de amadurecimento e vivência. E aí, renovado e mais experiente, me sinto pronto para os novos desafios.

Impressiona-me que eu seja tão jovem; é como se, por vezes, eu me sentisse cansado. Muitas vezes, acredito já ter visto de tudo, e muitos comportamentos ao meu redor tornam-se óbvios para mim. Mas aí eu me utilizo dessa jovialidade que me intriga e construo um novo paradigma de observação, para que eu não perca a capacidade de continuar me surpreendendo.

Flerto com o novo todos os dias. Exercito-me, em mente, para que eu cresça e amadureça; excita-me a hipótese de que eu possa já ser e ainda venha a me tornar o senhor de determinados aspectos da minha vida.

E exercito-me para que eu conserve essa qualidade peculiar daquele que é jovem; a eterna curiosidade, para adquirir novos conhecimentos; a eterna inquietude, para desenvolver novas competências; a eterna irresignação, que impede o comodismo e incentiva a evolução, e a voracidade, que me faz ciente de que tenho muito, mas muito ainda para viver.



Adoro ser o primeiro a parabenizar-me.
Tanto pode estar tão desequilibrado por aí, mas estou tão bem comigo!

Feliz aniversário, Rafa.

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