11 de outubro de 2008

Another day... another drama.

A decisão de dez dos maiores bancos centrais do mundo de reduzir os juros para estimular o crédito – e assim conter a crise que já vem dando dor de cabeça ao redor do globo – nos faz pensar se Brasil mudará sua política monetária, suspendendo a trajetória de alta dos juros, ou se seguirá na contramão do mundo.



Até agora, a prioridade do Banco Central tem sido não permitir a alta da inflação, pelo aumento gradativo e constante da taxa SELIC, na base de 0.5/0.75 ponto percentual por reunião; mas as rápidas mudanças no cenário econômico podem provocar revisões na estratégia.



Onde se fala de política financeira, especula-se avidamente a possibilidade do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) manter inalterada a taxa de juros no próximo encontro. Se por um lado a queda no preço das commodities e a desaceleração da economia mundial podem conter a inflação, a disparada do câmbio nas últimas semanas pode provocar o efeito contrário, já que com o dólar alto, fica mais caro produzir bens que utilizam componentes importados, o que pode levar empresas a repassarem o aumento de custos ao consumidor.



A falta de liquidez e a insegurança atual na concessão de crédito pode não ser resolvida pela queda dos juros, uma vez que é a impossibilidade de se prestar garantias que assusta o mercado. Bem, de garantido mesmo, só o fato de que teremos que esperar. Por precaução, deixem os suspensórios de lado e apertem os cintos.


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